13 de jan. de 2013

Arranhaduras


Nenhuma borracha apaga
as arranhaduras que mapeam a minh’alma
Só o tênue fio rubro que lhe escorreu bêbado
e lhe fez o tal desenho é que desapareceu.
Ainda vejo(e nem preciso usar o zoom),
em cada ponto, uma marca
E quando meus olhos se aprofundam
e quase as tocam,
sinto nelas uma sensibilidade que é toda dor.
Confesso: Ainda tremo... e queimo,
e me desmancho de medo.
Então me abandono em profundos devaneios
Quisera não tê-las, ao menos não vê-las,
mas elas são os meus sinais(rubros sinais)
Marcas que não irão se desfazer nunca,
nunca mais...

regina ragazzi




2 comentários:

  1. Limerique

    Era uma vez certas arranhaduras
    Marcas talvez de certas aventuras
    As cicatrizes perenes
    Assim nem tanto solenes
    Causavam profunda dor essas agruras.

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  2. Olá!Boa tarde!
    Regina
    Tudo bem?
    Muito bonito.
    Eu penso que nada é mais difícil do desapegar-se de algumas marcas do que se lamenta, nada é mais doloroso do que aceitar a realidade que você foi magoado e nada é mais difícil do que aceitar que você é capaz de fazer os seus próprios erros na vida. Mas só se conseguir aceitar e compreender que essas coisas acontecem, você conseguirá definir-se quem é, e quem quer ser, e assim permitir-se deixar para trás o passado onde ele pertence, e viver o presente.
    Belo domingo!
    Um prazer ter te visto por lá.
    Obrigado!
    Beijos
    ClicAki Blog(IN)FELIZ

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